terça-feira, 30 de julho de 2013

Boneca grávida é novidade no circuito

O Circuito Goitacá de Economia Solidária, projeto de extensão universitária da Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares (ITEP), é realizado todas as terças-feiras no prédio P-5 da UENF.
Nesta terça-feira (30), a funcionária da UENF, Zilmeia Bastos Lopes, de 45 anos, comprou uma pulseira. Ela que afirmou que sempre compra no circuito. “Acho ótimo. Viável. A gente chega aqui e encontra as coisas práticas. No corre-corre do trabalho, não dá tempo de sair para outros lugares”, disse Zilmeia.

Para passar o tempo, as artesãs aproveitam o tempo livre para costurar e bordar. “Temos de fazer alguma coisa. Até o tempo passa”, afirma uma delas.

A novidade hoje ficou por conta da boneca grávida, a 1ª da esquerda para a direita, da série que chamou atenção do grupo do Lab Sol da Unesp Bauru.

Fotos e texto: Wesley Machado

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Gincana nos 20 Anos da UENF

Pedra Sacramental 09Estão abertas as inscrições para a  Gincana Histórica e Cultural da UENF, um dos itens da programação referente aos 20 anos da Universidade. Podem participar da Gincana equipes compostas por integrantes do quadro de servidores, discentes, bolsistas e funcionários terceirizados da UENF, sendo obrigatória a inclusão, em cada equipe, de pessoas da comunidade local que não estejam vinculadas à instituição. Haverá prêmios em dinheiro para o primeiro (R$ 1 mil), segundo (R$ 500)  e terceiro lugar (R$ 300) na Gincana. As inscrições podem ser feitas até 02/08 na sala 119 do Prédio E1 (Reitoria da UENF), no horário das 9h às 12h.
Veja o regimento.
As informações são da Ascom UENF.

Registros do 3º módulo da 1ª etapa do Workshop Criar Coletivo




Na quarta-feira (24), a ITEP/PROEX/UENF realizou o 3º e último módulo da 1ª etapa do Workshop Criar Coletivo na Sala 116 do prédio E1 (Reitoria). Nesta 1ª etapa, o objetivo foi fortalecer a coletividade dos grupos para a criação e desenvolvimento de produtos coletivos. Na oportunidade, foi exibido um vídeo motivacional para as artesãs, em apresentação preparada pela estilista Mariana Paes, da equipe de Design Solidário, que destacou a importância da cooperação entre as artesãs. A coordenadora da ITEP, Nilza Franco Portela, destacou a necessidade de se ampliar a visão de novas alternativas econômicas por meio da criação de um projeto econômico para os grupos.

Fotos e texto: Wesley Machado

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Brasil precisa aumentar o impacto da ciência que produz

A conclusão é de mesa redonda realizada na terça-feira com representantes da SBPC, Capes, CNPq e Fapesp


O Brasil já tem uma produção científica significativa, principalmente em volume de publicações, mas precisa avançar para que o impacto do conhecimento gerado no país seja maior no mundo. Essa foi uma das principais conclusões da mesa-redonda "Impacto e avaliação da pesquisa", realizada na terça-feira (23) durante a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), que acontece no Recife até esta sexta-feira (26). A mesa, coordenada pela presidente da SBPC, Helena Nader, foi composta pelos presidentes da Capes, Jorge Almeida Guimarães, e do CNPq, Glaucius Oliva, e pelo diretor científico da Fapesp, Carlos Henrique de Brito Cruz.

No final, Helena se disse muito satisfeita e feliz com as apresentações e os debates que ocorreram durante a mesa redonda. De acordo com ela, é importante a comunidade científica parar para repensar os critérios para avaliação de projetos de pesquisa, que poderão ser financiados pelas agências de fomento. Ela também falou sobre os institutos tecnológicos e os de pesquisa. "Vejo neles um papel fundamental, voltado para a tecnologia e a inovação", disse. "Esse deve ser o foco." Segundo a presidente da SBPC, eles não foram criados para oferecer cursos de pós-graduação. "Na minha visão, esses institutos foram um grande avanço para o país e vão formar o que falta ao país, que é o técnico bem formado", disse. "Há uma mania no Brasil de que todo mundo tem de ser doutor, mas isso precisa ser repensado."

Apoiado em gráficos, Oliva, por sua vez, mostrou que um grande número de indicadores de ciência e tecnologia do país têm melhorado, entre os quais números de grupos de pesquisa, de mestres e doutores, de publicações e de matrículas, que têm aumentado, assim como os orçamentos do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), além dos de algumas fundações de amparo à pesquisa estaduais. Um dado que Oliva destacou foi o número de docentes com doutorado, em tempo integral, nas instituições públicas, que saltou de 35 mil para 70 mil em seis anos.

Apesar desses indicadores positivos, o Brasil não tem conseguido transformá-los em produtos tecnológicos. Conforme os dados apresentados por Oliva, o país apresenta um déficit crescente da balança comercial nos cinco setores de média, média alta e alta densidade tecnológica da indústria, que são o farmacêutico, o de tecnologias da informação, o do complexo industrial da saúde, o de químicos e o de máquinas e equipamentos. "Nos últimos 10 anos nós quase que dobramos nossa produção científica e triplicamos e, em alguns casos, quintuplicamos nosso déficit da balança comercial em bilhões de dólares", comparou.

Falando sobre o tema da mesa-redonda, Brito Cruz disse que a ciência e a tecnologia no Brasil têm o desafio de aumentar três tipos de impactos: social (ideias que afetam políticas públicas); econômico (ideias que criam empresas e aumentam sua competitividade e que geram novos setores industriais); e intelectual (ideias que criam mais ideias; que fazem a humanidade mais sábia e que são citadas na literatura). Segundo o diretor científico da Fapesp, apesar do crescente aumento de sua produção científica, o Brasil ainda precisa melhorar muito na questão do impacto intelectual. "O país não tem feito descobertas e invenções do mesmo nível dos achados da estrutura e existência do DNA e do Big-Bang ou da criação do transistor, por exemplo"

De acordo com Brito Cruz, para aumentar o impacto intelectual da ciência feita no Brasil, o país precisa adotar algumas medidas e vencer alguns desafios. "Um deles, é proteger o tempo do pesquisador contra tarefas extra-científicas, como a burocracia dos projetos de pesquisa", disse. Segundo ele, em outros países, os pesquisadores tem apoio institucional, funcionários das instituições que se encarregam da parte administrativa e burocrática dos projetos. Para o diretor científico da Fapesp, o Brasil também precisa desenvolver cooperação internacional e aumentar a visibilidade e impacto de revistas brasileiras, além de estimular a qualidade e o mérito e valorizar mais as citações de cada artigo em vez do fator de impacto da revista na qual sai publicado.


Guimarães, da Capes, por sua vez, ressaltou os impactos e conquistas da ciência brasileira nos últimos 60 anos, como o fato de o Brasil ter se tornado autossuficiente em alimentos. Segundo ele, muito disso se deveu a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Guimarães citou ainda, como exemplo de impactos positivos do conhecimento gerado no país, a indústria aeronáutica, o sistema bancário nacional, com o melhor sistema de automação no mundo, e a Petrobrás, com suas tecnologias para exploração de petróleo em águas profundas. "Tiramos leite de pedra nesses 60 anos", disse.

O presidente da Capes não esqueceu, no entanto, alguns aspectos e desafios que precisam ser vencidos. "Na questão do impacto social temos dois exemplos dramáticos e negativos", declarou. "Um deles é a educação, onde há um nó. Ficamos para trás em comparação a outros países. Outro é a área jurídica. Existe país mais injusto que o Brasil? Injusto do ponto de vista da justiça, propriamente dita? Esses dois segmentos não acompanharam os avanços de outros áreas. Há alguma coisa errada."

Reportagem de Evanildo da Silveira para o Jornal da Ciência.

Ministério das Comunicações pede regime de urgência na votação do Projeto de Lei que define o Marco Civil da Internet

Ainda paralisado na Câmara por conta de impasses políticos, o Marco Civil da Internet pode receber um empurrão para, pelo menos, voltar à pauta de votações: o Ministério das Comunicações passou a defender que o governo adote regime de urgência na votação do projeto de lei. 
“Sugeri à Casa Civil e à Secretaria de Relações Institucionais que o governo peça urgência constitucional ao projeto. Acho que o clima mudou e tem possibilidades de aprovar o Marco Civil. Os impasses podem ser resolvidos com pequenas mudanças no texto”, sustentou o ministro Paulo Bernardo. 
O Marco Civil foi tema de conversa de Bernardo e o presidente da Google no Brasil, em reunião no ministério na terça-feira (23). “Continua havendo divergências pontuais, mas aumentou a visão de que é um projeto importante que precisa ser votado”, emendou o ministro. 
O impasse é praticamente um único: a obrigação de que seja mantida a neutralidade de rede. O conceito desagrada as operadoras de telecomunicações –as empresas detentoras das redes. As teles preferem uma abordagem mais “flexível”, pela qual a qualidade das transmissões seja um diferencial para negociações contratuais. 
Além disso, o próprio Minicom prefere que o artigo sobre a neutralidade seja modificado – daí as “pequenas mudanças no texto” referidas pelo ministro Paulo Bernardo. Em especial, a pasta defende que o projeto de lei traga uma manifestação genérica sobre a neutralidade de rede, ficando o detalhamento de como ela é aplicada à Anatel. 
De sua parte, a Google reiterou apoio ao projeto de lei, mas questionou a intenção do governo de incluir nele a obrigatoriedade de que os dados fornecidos por brasileiros sejam armazenados no Brasil. “O governo acha importante acrescentar o armazenamento de dados no Marco Civil. Isso pode resolver algumas questões jurídicas”, sustentou o ministro. 
:: Reportagem de Luís Osvaldo Grossmann para o Portal Convergência Digital.

Ministério da Cultura: Editais garantem R$ 6 milhões para empreendimentos criativos culturais

ImageO Ministério da Cultura (MinC), por meio da Secretaria da Economia Criativa (SEC), lançará no dia 31 de julho, na sede doObservatório de Favelas, na Maré, Rio de Janeiro, dois editais com a finalidade de contribuir para o desenvolvimento da Economia Criativa brasileira por meio do apoio financeiro à qualificação profissional e ao surgimento de novos empreendimentos nos setores criativos.
Os editais são dirigidos a instituições públicas ou privadas que atuam na área de ensino, mas beneficiarão diretamente pequenos e micros empreendedores da cultura porque estimulam a formação em uma área pouco atendida, a gestão de empreendimentos culturais e criativos, e ampliam oportunidades para novos empreendimentos no setor.
O total de recursos investidos pelo MinC, nos dois editais, é de R$ 6.100.000,00. As inscrições iniciarão no dia do lançamento e ficarão abertas até 13 de setembro de 2013.

Formação e qualificação em gestão cultural

O Edital de Apoio à Formação Para Profissionais e Empreendedores Criativos é voltado à realização de cursos para formação e qualificação em gestão no setor criativo, elaborados e ministrados por instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos. Serão selecionados 11 projetos, divididos em três categorias: Gestão de Negócios e Empreendimentos; Gestão e Produção de Eventos; e Gestão de Carreiras. Os recursos a serem distribuídos nesse edital somam R$1.100.000,00.
Podem concorrer entidades que tenham no mínimo três anos de existência e atuação comprovada nos 15 setores da Economia Criativa previstos pelo edital (veja quadro ao lado). Os cursos promovidos pelas instituições selecionadas devem oferecer vagas gratuitas, preenchidas por meio de processo seletivo público.

Investimento em incubadoras

Já o Edital de Fomento a Incubadoras de Empreendimentos da Economia Criativa tem a finalidade de fortalecer entidades que atuam com empreendimentos criativos e inovadores para que ampliem a oferta de vagas para a incubação. O total investido é de R$5.000.000,00. Serão contemplados até 20 projetos e cada um receberá um valor mínimo de R$250.000,00 e máximo de R$400.000,00.
O primeiro edital dessa modalidade lançado pelo MinC é dirigido a instituições de ensino superior públicas ou privadas sem fins lucrativos, também com três anos de existência no mínimo, e que atuem como gestoras de incubadoras.
Uma das metas da SEC/MinC é estruturar políticas de fomento a novos empreendimentos criativos. Algumas das poucas incubadoras públicas e privadas que atuam no setor têm capacidade de investimento limitada. "Queremos estimular as incubadoras que atuam nos setores criativos a ampliar sua capacidade", afirma a secretária da Economia Criativa do MinC, Cláudia Leitão.
Outra dificuldade enfrentada pelo setor no Brasil, explica a secretária, é a falta de cursos com foco na gestão de empreendimentos criativos e gestão da produção cultural. "A formação é um dos gargalos da economia criativa e um dos desafios a que nos propusemos na SEC é estimular a formulação de cursos de gestão específicos para os criativos", diz.
As informações são do Portal do Fórum Brasileiro de Economia Solidária com informações do Ministério da Cultura.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência debate marco civil na internet nesta 5ª feira em Recife-PE

Nesta quinta-feira (25), a 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) debate o marco civil na internet, às 10h30, na Universidade Federal de Pernambuco, em Recife. Na oportunidade, será discutido o projeto de lei 2.126/2011, de autoria do deputado federal Alessandro Molon, do Partido dos Trabalhadores (PT) do Rio de Janeiro (RJ), que estabelece os direitos dos internautas brasileiros. O presidente da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) Instituto Bem Estar Brasil, o ativista digital Marcelo Saldanha informa que o projeto de lei do marco civil da internet está para ser votado em caráter de urgência na volta do recesso. 

- Este projeto está há mais de dois anos no Congresso e vem sendo impedido de ser votado por conta dos interesses das grandes empresas de telecomunicações, bancos e indústrias do entretenimento e audiovisual. Neste momento, a sociedade civil organizada defende a internet como direito fundamental e exige que a atual ministra da Cultura, Marta Suplicy solicite a retirada do parágrafo 2º do artigo 15º, que ataca de maneira direta a liberdade de expressão, à medida que determina que qualquer aviso ao provedor permita a retirada de um material que esteja vinculado a algum direito autoral. Com isto, blogs podem ser retirados do ar a qualquer momento – explica Marcelo.

Na terça-feira (30), às 15 horas, Marcelo Saldanha participará da 2ª reunião junto à presidência da República para tratar do tema Comunicação, Inclusão Digital e Banda Larga. No dia 10 de julho de 2013, o Instituto Bem Estar Brasil, representado por Marcelo Saldanha, junto de outras entidades representativas em nível nacional, se reuniu com representantes da Secretaria Executiva da Presidência da República e do Ministério das Comunicações, onde ficou definida uma mesa de diálogos, com uma série de reuniões, algumas podendo ser com a presidenta Dilma Rousseff, onde serão debatidas as políticas de internet banda larga.

Wesley Machado

terça-feira, 23 de julho de 2013

Circuito valoriza trabalho das artesãs







O Circuito Goitacá de Economia Solidária é um projeto de extensão universitária da ITEP/PROEX/UENF, realizado todas as terças-feiras no prédio P-5 da UENF, com a comercialização de produtos da Economia Solidária.

A professora Clarete Reis, do Laboratório de Educação e Linguagem da UENF, disse que dá muito valor ao trabalho artesanal. “Uso muito artesanato, principalmente materiais que vêm da natureza, como fibra de bananeira e côco”, afirmou Clarete.

A aluna do mestrado em genética e melhoramento de plantas, Ligia Almeida, de 25 anos, considera muito boa a iniciativa da ITEP em dar oportunidade às artesãs. “Isto valoriza o trabalho delas”, acredita Ligia.

A artesã Ieda Maria Barros, que tem um belo trabalho, super delicado e bem feito, de enxoval para bebê, como lençol e o toalha de banho, informou que já conseguiu várias freguesas no circuito.

Fotos e texto: Wesley Machado

quinta-feira, 18 de julho de 2013

CARTA FINAL DO II FÓRUM SOCIAL MUNDIAL DE ECONOMIA SOLIDÁRIA II FEIRA MUNDIAL DE ECONOMIA SOLIDÁRIA 20ª FEICOOP

Um outro mundo é possível
Uma outra economia já acontece
Do coração Latino Americano, no Brasil, Rio Grande do Sul, cidade de Santa Maria, no período de 11 a 14 de julho de 2013, sentimos o soprar de um vento novo, carregado de história, sentido e esperança. É energia que transborda:
- dos frutos da terra, do alimento ecológico saudável, das plantas medicinais, que nutrem, curam e fortalecem.
- do trabalho criativo e inovador de mulheres e homens...trabalho este que contribui para recriar a vida, o belo, a arte... de algo que um dia foi simplemente resíduo.
- dos processos formativos, reuniões de grupos, equipes, debates, plenárias...que potencializaram o exercício da democracia participativa.
- da arte, música, dança e momentos vivenciais que possibitam sentir o pulsar de algo novo, que nos faz pertencentes de um desejo comum: a construção de outro modelo de desenvolvimento, solidário e sustentável.
No ano em que comemoramos os 20 anos da FEICOOP, 10 anos do Fórum Brasileiro de Economia Solidária, 10 anos da Rede de Educação Cidadã (RECID), 30 anos de trabalho da Cáritas Brasileira, na área da Economia Solidária, 10 anos da Secretaria Nacional de Economia Solidária (SENAES), 16 anos da Rede Intercontinental de Promoção da Economia Social Solidária (RIPESS) queremos relembrar um pouco dessa história e (re)afirmar compromissos que possibilitem multiplicar vidas, lutas e sonhos.
Participaram deste processo 200 mil pessoas, vindas dos cinco continentes, de 27 países: África do Sul, Alemanha, Argentina, Brasil, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Cuba, El Salvador, Espanha, Estados Unidos, Equador, França, Filipinas, Hungria, Itália, Marrocos, México, Nicarágua, Paraguai, Peru, Portugal, República Tcheca, Senegal, Suiça e Uruguai. Houve a presença de 27 Estados Brasileiros, com 530 municípios representados. Neste mutirão participaram mais de 1.000 empreendimentos expositores, organizados através da agroindústria, da agricultura familiar, da alimentação, da saúde, do artesanato, da confecção, dos fundos rotativos, dos bancos comunitários, dos grupos de consumidores, que trouxeram mais de 10.000 variedades de produtos e serviços.
Destaca-se a diversidade dos povos quilombolas e indígenas, o movimento de mulheres, juventudes e movimento negro e o esforço de organização e presença de caravanas internacionais e nacionais. A presença de universidades, gestores públicos, entidades, movimentos sociais, pastorais, sindicatos, cooperativas, ONGS, Cáritas, Dioceses, Arquidioceses, escolas e da imprensa. Testemunhamos, no processo de preparação e realização do II Fórum e Feira Mundial de Economia Solidária e 20ª FEICOOP o trabalho autogestionário feito em mutirão através de dezenas de equipes de trabalho em Santa Maria, em diferentes regiões do Estado do Rio Grande do Sul, do Brasil e em vários países. Destaca-se também o empenho de mulheres e homens que contribuíram como facilitadores, tradutores, relatores, sistematizadores dos momentos de grupos e plenárias. Fica a certeza de que as diferenças e o trabalho coletivo nos fortalece num projeto comum.
Ao longo desses dias, através da realização de oficinas, reuniões, plenárias, seminários e do acampanhamento da juventude, reafirmamos que Economia Solidária constitui-se como projeto político em construção que: valoriza o trabalho sobre o capital; democratiza as relações sociais; emancipa as pessoas de suas condições de opressão; transforma as relações políticas, econômicas, sociais e culturais, baseadas em valores como solidaridade, reciprocidadade e cooperação para o bem viver dos povos. Os temas debatidos tiveram como ponto de convergência três eixos principais:
1) Marco Legal: Torna-se urgente identificar os atores da economia solidária a fim de viabilizar um marco regulatório adequado à diversidade do movimento. Entendemos que é necessário incidir para que não haja um trato discriminatório na constituição legal, regulação e difussão dos empreendimentos solidários. Assim, o marco legal deve possibilitar avançar no direito coletivo sobre os meios de produção como: capital, trabalho e tecnologia.
2) Consumo Responsável: Constitui-se como elemento fundamental para a consolidação da Economia Solidária. Implica a articulação entre produtor e consumidor e o desenvolvimento de tecnologias sociais. Exige um consumo inclusivo, em harmonia com a saúde e meio ambiente, buscando a comercialização com preços justos. Os processos formativos são fundamentais para a construção de outra cultura de consumo. Também é importante o desenvolvimento de políticas públicas, com efetivo investimento do Estado, que potencializem iniciativas de Economia solidária na área da produção, comercialização e fomento ao consumo solidário. 3) Organização do Movimento de Economia Solidária: Considerando a riqueza da diversidade dos movimentos que integram a economia solidária reconhecemos que é necessário atuar em rede, valorizando os saberes e experiências de cada movimento.
A comunicação se constitui como estratégia importante para avançar nesta perspectiva. Assim, é necessário criar meios de comunicação alternativos, onde as informações não sejam tratadas como mercadorias. Também é fundamental o desenvolvimento de ações intersetoriais em cada território, articulando o rural e o urbano, a teoria e a prática, valores, culturas e saberes. Entre os diálogos importantes destaca-se a construção da normativa sobre inclusão produtiva com segurança sanitária. Trata-se de uma ação que se propõe a responder às especificidades de produção dos empreendimentos de economia solidária. O diálogo resultou numa moção de apoio à ANVISA, qual encaminhamos em anexo.
O II Fórum e Feira Mundial de Economia Solidária e a 20ª FEICOOP foi o encontro de diversos povos, onde pudemos ver, tocar e sentir as inúmeras iniciativas que constróem um mundo melhor. Retornamos para as nossas casas com o coração abastecido de solidariedade e cooperação, na certeza que somos uma rede de pessoas responsáveis pela semente do bem viver.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Artesãs do Circuito recebem encomendas e pedidos de qualificação

O Circuito Goitacá de Economia Solidária, projeto de extensão universitária da Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares (ITEP), vinculada à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PROEX) da UENF, realizado todas às terças-feiras no prédio P-5 da UENF; além de um espaço de comercialização, também serve para a troca de experiências de pessoas interessadas em artesanato, que querem aprender as técnicas para a feitura de alguns produtos

Um exemplo são os bonecos fofuchos, feitos de emborrachado (EVA) pela artesã Terezinha. Os bonecos têm chamado a atenção das pessoas, que têm feito encomendas para aniversário. Se Terezinha já tinha a coleção de bonecos do Chaves, agora ela fez os bonecos da Turma da Mônica. A nova aposta de Terezinha são os anjos que ela vêm fazendo e que têm tido boa saída e ela espera vender bastante no comércio para o Natal, mostrando que já está pensando lá na frente.


Além de comercializar os produtos, Terezinha recebe pedidos para ministrar cursos onde ensina as técnicas para se fazer os bonecos. Nesta terça-feira (16), por exemplo, a professora do curso de Matemática da UENF, a peruana Irma Raimunda, procurou Terezinha para saber como faz para aprender a fazer os bonecos de emborrachado. 

- Achei bonito. Gostei. Estou querendo aprender a fazer estes bonecos, que me chamaram a atenção. Gosto de artesanato. Mas gosto de coisa perfeita. Tem muita coisa boa aqui. Coisa sensacional. Muito bom – disse Irma.


Encomendas - Outra possibilidade no circuito é fazer encomendas e personalizar o produto do jeito que a pessoa gosta e quer. A servidora da UENF, Marcelita França, de 29 anos, encomendou duas pulseiras na mesa da Uima. “É bom que tem esta flexibilidade de escolher algumas coisas do seu gosto, que te agrada”, comentou Marcelina.

20ª Feira do Cooperativismo de Santa Maria reúne movimentos sociais no RS e reafirma os valores da Economia Solidária

XX Feira do Cooperativismo de Santa Maria
Cores, sabores, cheiros e movimentos. Comida, bebida, artesanato e luta. Brasil, America Latina e mundo. Foi essa a tônica durante os 4 dias da vigésima edição da Feira do Cooperativismo de Santa Maria, que terminou neste domingo (14) no Rio Grande do Sul. Mostrando que outro mundo é possível e outra economia já acontece, mais de 1000 empreendimentos expuseram seus produtos feitos através de processos de trabalho autogestionário. Sem patrão nem empregado, mostram que a construção de um novo paradigma passa necessariamente por uma reformulação do mundo do trabalho.
Este foi um ano especial para a feira de Santa Maria. Além de comemorar 20 anos de existência, o evento marcou ainda 10 anos do Fórum Brasileiro de Economia Solidária e da Secretaria Nacional de Economia Solidária, ligada ao Ministério do Trabalho. De acordo com os organizadores da feira, mais de 200.000 pessoas passaram pelo pavilhão, vindas de 27 países. Do Brasil, houve representação dos 26 estado e do DF, com 530 municípios presentes. Movimentos sociais indígenas, quilombolas, feministas, sem-terra e sem-teto estiveram no evento mostrando os frutos de sua luta.
Os jovens organizados no Levante Popular da Juventude também fizeram seu tradicional acampamento, que já acontece na feira há nove anos. Caio Paulista, um dos coordenadores, ressalta a importância das trocas de experiência que a feira proporciona. Neste ano, houve um recorde de participação: 600 jovens de todo o estado do RS vieram a Santa Maria para o evento:
- A feira é uma miniatura do mundo que queremos construir, do jeito que a gente quer que as nossas relações de troca se estabeleçam na sociedade que na sociedade socialista. O Levante se espelha muito na economia solidária porque eles estão alguns passos adiante na consolidação do projeto que eles também defendem, que é o mesmo projeto que a gente. Talvez por caminhos diferentes, mas é o mesmo projeto, e a gente quer chegar no mesmo lugar. Então acho que essa troca é fundamental: o levante consegue trazer a animação, eles trazem a experiência da organização da economia num outro formato diferente da do capital.
XX Feira do Cooperativismo de Santa Maria
A agricultura familiar e a produção agroindustrial do MST também marcaram presença forte na Feira de Santa Maria. Das 23 regiões em que o movimento se organiza no RS, 5 estiveram presentes na feira, trazendo grãos, derivados de leite, doces, erva-mate, entre outros. Para Roberto, filho de assentados e trabalhador da cooperativa do MST em Tupanciretã (oeste do RS), a feira representa uma grande vitrine para o movimento:
- Além de divulgar nossa luta, é um momento de abrir novos mercados. Nossa cooperativa está industrializando o leite, mas Tupanciretã não é um grande centro consumidor. Por isso é importante botarmos os nossos produtos, que são conquistas da luta, na vitrine.
O Rio Grande do Sul possui cerca de 15.000 famílias assentadas, algumas já há 30 anos. O estado tem poucas famílias acampadas, cerca de 700, e há poucos dias realizou uma ocupação na fazenda Palermo, em São Borja, fronteira oeste. Roberto comemora o momento que o país vive:
- Quando tem povo politizado nas ruas, a transformação acontece. Hoje temos um governo que há anos atrás estava nas ruas, e hoje está no governo e não conseguiu fazer as transformações necessárias. Com o povo na rua, podemos acelerar esse processo. Mas a massa precisa caminhar para um lugar só. O movimento não é movimento se não tiver povo na rua.
Além do artesanato e da agricultura familiar, chamou a atenção a presença de bancos comunitários e clubes de troca. Vistos como alternativa ao uso do dinheiro corrente, e como forma de desenvolvimento local, esse movimento já conta com 81 moedas organizadas pelo Brasil. De acordo com Solange Mânica, do Banco Mate, as trocas remetem aos primórdios da humanidade quando não existia moeda e as pessoas viviam do escambo.
- Aqui a gente não envolve dinheiro. Fazemos tudo com o Mate, que é a moeda social. As pessoas trazem seus produtos aqui para a banca, a gente estipula um valor, por exemplo R$10. Então a gente dá 10 mates para poder trocar na banca e você ter um produto e vai trocar por outros.  O Mate já existe há 9 anos, e as trocas funcionam em várias cidades do RS.
XX Feira do Cooperativismo de Santa MariaA 20a Feira de Santa Maria também foi um momento especial para o Fórum Brasileiro de Economia Solidária. No ano em que completou 10 anos de existência, a avaliação é de que a falta de um marco legal ainda é um dos principais entraves ao desenvolvimento desta forma fazer economia com base na autogestão. Katiúcia Gonçalves, do empreendimento Misturando Arte, participa dos Fóruns Gaúcho e Brasileiro de Economia Solidária. Para ela, a feira é um momento de muito importante para o movimento:
- Para nós, é um momento de encontro. Até julho, todos os fóruns estão se mobilizaram para trazer suas caravanas, mostrar seus produtos, participar do debates, e ajudar a construir essa outra economia que a gente já vem fazendo na nossa base. Então é um momento de muito aprendizado e de integração do movimento.
Ela destaca ainda o sentido que a economia solidária assume no contexto das crises atuais: “A economia solidária representa uma estratégia de desenvolvimento econômico, que mobiliza a grande massa e faz com que ela perceba que ela é o ator principal do processo produtivo. Ela faz com que o trabalhador se empodere na atividade de produção. Ela é o que o mundo precisa hoje: respeito às pessoas, ao meio ambiente, e o ser humano no centro do trabalho.
O encontro aprovou ainda uma moção de apoio à ANVISA para que leve adiante uma resolução que simplifique o processo de vigilância sanitária. De acordo com a nota, “esta iniciativa busca diferenciar, harmonizar e simplificar o cadastro e licenciamento, bem como isentar as taxas de registro de produtos e serviços dos Empreendimentos Econômicos Solidários. Esta iniciativa responde a uma necessidade dos grupos produtivos com práticas coletivas, que sofrem penalidades frente ao sistema de fiscalização que não as diferencia das grandes industrias e demais formas produtivas que não preservam a vida e não valorizam os/as trabalhadoras/es.” Veja a moção na íntegra.
A carta final do encontro reafirmou o sentido da economia solidária como projeto político em construção, que “valoriza o trabalho sobre o capital; democratiza as relações sociais; emancipa as pessoas de suas condições de opressão; transforma as relações políticas, econômicas, sociais e culturais, baseadas em valores como solidaridade, reciprocidadade e cooperação para o bem viver dos povos.” Veja a íntegra da carta.
Reportagem de Alan Tygel para o Boletim MST RJ.

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Programação do II Fórum Social Mundial de Economia Solidária, que começará nesta quinta-feira (11) em Santa Maria - RS

Dia 11/07
15h Marcha de abertura
O movimento de economia solidária soma com as pautas dos demais movimentos sociais, estaremos em marcha com a militância da economia solidária do Brasil e do mundo por uma outra economia, com justiça, sustentabilidade e pelo bem-viver, pelo respeito a vida, à educação, saúde, mobilidade urbana, democratização da comunicação, reforma agrária, agroeocologia e soberania alimentar.
Trajeto: Rua do Acampamento, Avenida Nossa Senhora Medianeira e Rua Heitor Campos até o Centro de Referência em Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter
Dia 12/07
9 às 12h30 - Encontro dos/as Trabalhadores/as da Cultura na Economia Solidária
Tema: Economia da Cultura: Produção Cultural na Economia Solidária
Coordenação: Fórum Brasileiro de Economia Solidária (GT de Educação e Cultura)
Local: Colégio Irmão José Otão – Pavilhão
Dia 13/07
9h às 12h - Inclusão Produtiva com Segurança Sanitária
Tema: Debater normativa a ser lançada pela Anvisa sobre Inclusão Produtiva com Segurança Sanitária, facilitando o processo da vigilância Sanitária para Agricultura Familiar e Empreendimentos de Economia Solidária.
Participantes: Aberto para a participação de Empreendimentos Rurais e Urbanos, Agentes de Saúde, Fiscalização e interessados em geral.
Coordenação: ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), FBES (Fórum Brasileiro de Economia Solidária), FBSSAN (Fórum Brasileiro de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional) e ANA (Articulação Nacional de Agroecologia)
Local: Lonão
14 às 17 - Lançamento do documento final da V Plenária Nacional de Economia Solidária
Tema: Apresentação dos resultados da V Plenária Nacional de Economia Solidária concluída em dezembro de 2012.
Coordenação: Coordenação Executiva do FBES
Local: Colégio Irmão José Otão
14 às 17h30 - Encontro da Rede de Educadores
Tema: Educação Popular: Educação para a Autogestão; Educação na Economia Solidária
Coordenação: FBES (Fórum Brasileiro de Economia Solidária, CFES (Centro de Formação em Economia Solidária e Cáritas Brasileira.
Local: Local: Colégio Irmão José Otão
19h – Comemoração e Confraternização
• 10 Anos da SENAES (Secretaria Nacional de Economia Solidária) do MTE
•10 Anos do FBES (Fórum Brasileiro de Economia Solidária)
•10 Anos da RECID (Rede de Educação Cidadã)
•20 Anos da FEICOOP, Feira de Santa Maria: Uma Experiência Aprendente e Ensinante
•30 Anos de Economia Solidária enquanto Cáritas Brasileira
Local: Palco da Feira
As informações são do Portal do Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES).

terça-feira, 9 de julho de 2013

Circuito com bom movimento nesta terça-feira chuvosa






O prédio P-5 da UENF recebeu mais uma vez nesta terça-feira (9) o Circuito Goitacá de Economia Solidária, projeto de extensão universitária da Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares (ITEP), vinculada à Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PROEX).

Apesar do tempo chuvoso, o movimento foi muito bom, com muita comercialização de produtos, que o diga a artesã Uima Ribeiro, que comercializa bijuterias. Ela que já faz artesanato há 20 anos, conta que gosta muito do circuito. “O alunado e os funcionários valorizam muito o trabalho da gente. Eles gostam muito”, afirma Uima.

Maria José Rodrigues, de 70 anos e que há cinco anos trabalha com artesanato, foi pela primeira vez ao circuito e teve uma boa impressão. “É a primeira vez que estou vindo. A impressão é que é bom. As amigas dizem que é bom”, disse Maria José.

A dona de casa Márcia Caiado (56) disse que foi a segunda vez que ela foi ao circuito. “Estou gostando muito. Muito bom. Tem muita variedade”, afirmou Márcia.

A aluna do doutorado em fisiologia de pós-colheita da UENF, Gláucia Michelle (28), considera o circuito ótimo. “Lindo demais. Não tem coisa mais bonita que artesanato. Sempre olho. Esta é a primeira vez que compro”, disse Gláucia.

Fotos e texto: Wesley Machado


segunda-feira, 8 de julho de 2013

Governo aprova regulamento para estimular inclusão digital



Projeto defende mais pontos de acesso WiFi em espaços públicos.
A Anatel aprovou um novo regulamento do Serviço Privado (SLP), que viabilizará a implementação de políticas públicas de inclusão digital para estimular o programa Cidades Digitais.

Pesquisa: competição em TIC entre economias desenvolvidas e emergentes é injusta

Segundo a Agência, o regulamento vai ampliar a oferta de conexão à internet por parte das redes da administração pública direta ou indireta nas esferas federal, estadual, distrital e municipal, bem como de entidades sem fins lucrativos.
A Anatel informou em comunicado que a medida “possibilita a implantação de aplicativos de gestão para os setores financeiro, tributário, de saúde e educação; a capacitação de servidores públicos”, informando que isso ampliará acesso da população aos serviços de governo eletrônico e pontos de acesso à internet em praças, rodoviárias ou outros espaços públicos.
A regulamentação unifica 15 serviços e simplifica os procedimentos para obtenção das autorizações, o que pode facilitar a implementação de políticas públicas de inclusão digital pelos órgãos públicos e entidades sem fins lucrativos.
A autorização do SLP custa R$ 400 e permite a oferta de aplicações de comunicação de dados, sinais de áudio e vídeo, voz e texto para uso do autorizado ou para atendimento a determinados grupos de usuários selecionados por ele, e a autorização permite que os interessados implementem infraestrutura de conexão de rede para melhorar a gestão e o acesso da comunidade aos serviços de telecom.
As informações são do Portal iPNews.

Um em cada quatro municípios tem políticas próprias de inclusão digital



Pelo menos um em cada quatro municípios do país possui políticas próprias de inclusão digital - o índice é de 26,35, segundo uma pesquisa divulgada na quarta-feira, 3/7, pelo IBGE, o Perfil dos Municípios Brasileiros 2012. O percentual chega a 37,5% na Região Sul, mas mesmo no Norte e no Nordeste não é inferior a 20%. No geral, 90,5% dos municípios conta com alguma política ou plano de inclusão digital. 
A participação do governo federal prevalece - alguma iniciativa nesse sentido está em 76,9% dos municípios, enquanto em 38,1% há projetos estaduais. A pesquisa indica, ainda, que em 5,3% dos municípios a própria iniciativa privada toca programas de inclusão digital. 
A principal materialização desse tipo de iniciativa de inclusão são os telecentros, mas em 795 municípios as prefeituras fornecem redes Wi-Fi – ou seja, em 14,3% dos municípios do país. Na maioria delas (382) a cobertura é de alguns bairros da área urbana e em 181 o sinal chega a parte da área rural. 
O porte é decisivo: há redes públicas em metade das cidades com mais de 500 mil habitantes, em pouco menos de um terço daquelas com 100 mil a 500 mil, um quarto das com mais de 50 mil - até 8,9% das com menos de 10 mil habitantes. Naquelas com até 5 mil, o percentual é um pouco maior, 12,4%.
:: Matéria de Luís Osvaldo Grossmann para o Portal Convergência Digital.