quarta-feira, 29 de abril de 2015

FRENTE PARLAMENTAR DA ECONOMIA POPULAR SOLIDÁRIA É INSTALADA NA ALERJ.

A Frente Parlamentar em Defesa da Economia Popular Solidária da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) foi instalada esta semana (27/04). A secretária executiva do Fórum de Economia Solidária de Campos, Sueli da Silva, esteve presente na solenidade.

De acordo com o presidente da frente, deputado Waldeck Carneiro (PT), a economia solidária pode ser uma importante alternativa no quadro do desenvolvimento econômico do estado no contexto da crise. "A economia solidária, que já é realidade para uma rede muito capilarizada de profissionais, cidadãos, coletivos, empreendimentos autogestionários, pode despontar como solução perene para milhares de pessoas no nosso estado", disse o parlamentar, na sessão solene de instalação. Segundo Waldeck, a frente pretende fortalecer o diálogo com a sociedade civil organizada.

O coordenador da Secretaria-Executiva do Fórum Estadual de Economia Solidária, Antônio Oscar, afirmou que a economia solidária é um movimento social que se caracteriza pela construção coletiva. "O movimento procura identificar gestores, seja no Executivo ou Legislativo, para uma construção conjunta das políticas públicas, e põe em prática a postura de que todo poder emana do povo", disse. Oscar destacou alguns pontos necessários para que esse projeto possa avançar no estado do Rio. Entre eles, a inclusão da economia solidária em uma estratégia transversal, com programas em diferente secretarias, e a ampliação do orçamento para esse fim na legislação.

Para Oscar, é possível ir além do que a maioria imagina. "Não se trata apenas de uma alternativa de geração de renda, e sim um outro olhar para um outro desenvolvimento. Um em que o ser humano tem valor, e não o capital", explicou. Segundo o coordenador, na economia solidária, os trabalhadores, em vez de vender sua força de trabalho, trabalham de modo organizado e cooperado, para que os benefícios gerados sejam distribuídos de forma justa e solidária.

O Secretário de Estado de Trabalho e Renda, Arolde de Oliveira, também acredita que a economia solidária pode criar soluções para problemas financeiros no mundo moderno. Ele informou que a Secretaria tem uma superintendência, que está em fase de melhorias, que vai se dedicar ao tema em parceria com a Alerj. "Temos um fórum com 20 representantes da sociedade civil que estabelece regras, diretrizes e programas de trabalho para que possamos desenvolver, na secretaria, as atividades. A Alerj, com a frente parlamentar, será um instrumento para, eventualmente, encaminhar e fazer as leis que venham a regulamentar e facilitar essa atividade", disse o secretário.

A ex-deputada Inês Pandelo, presidente da frente na legislatura passada, apresentou um panorama da economia solidária no país e no estado e, principalmente, das ações que já foram feitas na Alerj.

O evento contou com a participação de dezenas de pessoas ligadas a organizações da sociedade civil comprometidas com a causa. Também fizeram parte da mesa a deputada Martha Rocha (PSD), vice-presidente da frente, Marcos Diaz, presidente da Federação e Organização das Cooperativas Brasileiras do Estado do Rio (OCB/RJ), e Elza Santiago, secretária executiva do Fórum de Economia Solidária do Município do Rio. Os deputados Jorge Felippe Neto (PSD), secretário-geral, Carlos Minc (PT) e Flávio Serafini (PSol) também estiveram presentes.

(Texto de Isabela Cabral c/adaptações de Cléber Rodrigues)

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Centro Municipal de Economia Solidária será projetado por importante arquiteto.

 “Um sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade”.

A anáfora reproduzida em forma de poesia pelo cantor Raul Seixas resume o sentimento dos integrantes do Fórum de Economia Solidária após uma recente parceria solidária promissora. O sonho de construir o Centro Municipal de Economia Solidária, aos poucos, vai deixando o papel e começa a ganhar forma. A missão de projetar essa ideia será do arquiteto campista, Victor Aquino.
A idealização do centro foi aprovada em plenária realizada pelo Fórum de Economia Solidária em outubro de 2014. Na semana passada, após uma reunião entre a coordenação e o arquiteto, um acordo solidário foi selado.  O centro municipal de economia solidária deverá atender uma demanda de comercialização, formação e melhoria de alguns processos de produção, além de promover atividades culturais, consumo ético e consciente e apoio ao movimento popular de economia solidária. Todos ligados aos segmentos de trabalhadores.

“Nós estamos extremamente realizados diante dessa solidariedade do Victor Aquino. Ele é considerado um dos melhores arquitetos tendo se especializado em hospitais humanizados. Com simplicidade, nos mostrou total sensibilidade ao ser solidário nesse projeto, que é considerado um sonho para todos nós. Tenho certeza de que é o profissional mais gabaritado para manter viva nossa esperança em ver construído o Centro Municipal de Economia Solidária”, comemorou a coordenadora da Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares da UENF (ITEP), e integrante do Fórum Municipal de Economia Solidária, Nilza Franco Portela.  

O apoio do arquiteto Victor Aquino na elaboração da planta é uma das etapas para construção do centro municipal de economia solidária, que ainda depende de aprovação do poder público e da arrecadação de recursos para a manutenção do espaço.

Histórico – Victor Aquino é natural de Campos, formado em arquitetura em 1980 no Rio de Janeiro, logo depois, ele retornou à cidade natal, onde projetou alguns prédios, como o Renato Pontes Barreto que, inicialmente, seria um hotel, entre outros trabalhos. Seguiu para Bahia, permanecendo por quatro anos, retornando em 90 para o Rio, onde se especializou em arquitetura hospitalar. É um dos idealizadores da Arqhospitalar, criada há mais de 20 anos para atender exclusivamente a demanda na área de saúde pública e na iniciativa privada do Brasil. Conta com uma equipe técnica com mais de 34 anos de experiência profissional e com inúmeros projetos e obras concluídos, entre elas, o hospital Geral de Guarus, o hospital municipal de Macaé, prontocárdio, Unimed de Macaé, clínica de cirurgia plástica Botafogo Interplástica(hospital da plástica), CAU (Centro avançado de urologia), Unimed de Campos dos Goytacazes, hospital da Rocha, Unimed Rio das Ostras e o hospital da Rede Placi.


Principais ações pensadas para os centros municipais de economia Solidária:

  * Abrigar e promover a integração de iniciativas e projetos governamentais e não governamentais voltados ao fortalecimento da economia solidária, como as atividades de mapeamento e a proposição de leis municipais;
* Apoiar projetos voltados à geração de trabalho e renda, por meio de iniciativas de economia solidária;
  * Apoiar a organização de redes e outras formas de articulação econômica dos empreendimentos solidários;
  *  Promover ações voltadas ao desenvolvimento local;
  Disponibilizar espaço físico e infraestrutura para atividades de comercialização, formação, assessoria e organização.


Texto: Cléber Rodrigues - Jornalista
Fotos: Arquivo ITEP/UENF e Monitor Campista.


segunda-feira, 13 de abril de 2015

Dia de campo no assentamento Josué de Castro.

O encontro aconteceu na região serrana de Campos (RJ) e reuniu dezenas de assentados. O evento, promovido pela Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares da UENF (ITEP), teve como objetivo conhecer e auxiliar as ações já desenvolvidas na comunidade. 

As atividades foram preparadas por uma comissão de pesquisadores, que montaram um cronograma. Entre as ações, uma dinâmica de grupo, que mostrou, por exemplo, a importância do trabalho coletivo solidário.


Ao longo da manhã também foram realizadas palestras. Uma delas sobre Empreendedorismo solidário e gestão de propriedade. Os produtores puderam conhecer as ações, que, se implantadas e aperfeiçoadas, podem fazer a diferença no futuro profissional.





Depois de uma panfletagem sobre o Circuito Universitário de Economia solidária e de uma detalhada pesquisa de dados com os assentados, o encontro terminou com um verdadeiro banquete. Detalhe: comida com produtos cultivados no próprio assentamento.