“A crise nos deixa um legado. Ela mostra
que somos capazes de vencer através da união e da superação. Quando se tem o
protagonismo das pessoas, a gente faz a roda girar”.
Plenária teve grande participação do público. |
A frase é de uma artesã de Campos e
resume o clima de otimismo, que tomou conta dos participantes de mais uma
plenária do Fórum de Economia Solidária. O evento aconteceu neste mês de março
(2016), no auditório Miguel Ramalho, no IFF campus Campos Centro. O encontro foi
considerado por membros do fórum como um dos que teve maior participação de grupos
e representações políticas, esta última, um pedido dos próprios integrantes da
ECOSOL.
Thiago Ferrugem. |
“Independente do gestor que estiver à
frente do município, tem que valorizar os trabalhadores da Economia Solidária.
Eles fazem parte da consolidação de um jeito novo de fazer economia, de forma
sustentável e competitiva” Thiago Ferrugem, secretário municipal de
desenvolvimento humano e social.
Eduardo Crespo, secretário de
agricultura e pesca, falou sobre o apoio ao movimento.
Eduardo Crespo. |
“No fim do ano passado foi levantada a
possibilidade da criação de um banco comunitário, aqui no interior do estado do
Rio. Isso é possível. Vamos trabalhar essa hipótese com muito carinho. É uma
promessa”, concluiu.
Bancos
comunitários:
Bancos
Comunitários são serviços financeiros solidários, em rede, de natureza
associativa e comunitária, voltados para a geração de trabalho e renda na
perspectiva de reorganização das economias locais, tendo por base os princípios
da Economia Solidária. Seu objetivo é promover o desenvolvimento de
territórios de baixa renda, através do fomento à criação de redes locais de
produção e consumo.
Nilza Franco Portela. |
Voltando a
plenária, a assessora técnica do movimento, Nilza Franco Portela falou sobre as
perspectivas do Fórum de Economia Solidária e lembrou a importância do
cooperativismo.
“Hoje nós
temos 22 mil trabalhadores diretos e indiretos da ECOSOL. Número suficiente
para “botar a usina pra moer”, arregaçar as mangas e trabalhar. Cada um aqui,
representando a sua associação, a sua categoria, tem que entender a importância
da união. Estamos no caminho certo”, finalizou.
Representante da EMATER. |
Para o segmento da agricultura, a EMATER,
que também enviou representante, mostrou alguns caminhos para melhoria do
programa de merenda escolar.
“Os produtores precisam se articular
mais. A questão da produção local na merenda escolar, em Campos, precisa ser
revista, justamente nesse ponto sobre a desarticulação das pessoas. No ano
passado, a EMATER injetou mais de cinco milhões só em Campos, mas o potencial
de participação popular ainda precisa aumentar”.
O encontro durou aproximadamente 2 horas
e contou com a presença de oito representações de órgãos públicos, além, claro,
da participação expressiva de trabalhadores da economia solidária. Uma nova
plenária deve acontecer ainda este mês.