terça-feira, 15 de março de 2016

FÓRUM DE ECONOMIA SOLIDÁRIA AMPLIA REPRESENTATIVIDADE

“A crise nos deixa um legado. Ela mostra que somos capazes de vencer através da união e da superação. Quando se tem o protagonismo das pessoas, a gente faz a roda girar”.

Plenária teve grande participação do público.
A frase é de uma artesã de Campos e resume o clima de otimismo, que tomou conta dos participantes de mais uma plenária do Fórum de Economia Solidária. O evento aconteceu neste mês de março (2016), no auditório Miguel Ramalho, no IFF campus Campos Centro. O encontro foi considerado por membros do fórum como um dos que teve maior participação de grupos e representações políticas, esta última, um pedido dos próprios integrantes da ECOSOL.
Thiago Ferrugem.

“Independente do gestor que estiver à frente do município, tem que valorizar os trabalhadores da Economia Solidária. Eles fazem parte da consolidação de um jeito novo de fazer economia, de forma sustentável e competitiva” Thiago Ferrugem, secretário municipal de desenvolvimento humano e social.

Eduardo Crespo, secretário de agricultura e pesca, falou sobre o apoio ao movimento.

Eduardo Crespo.
“No fim do ano passado foi levantada a possibilidade da criação de um banco comunitário, aqui no interior do estado do Rio. Isso é possível. Vamos trabalhar essa hipótese com muito carinho. É uma promessa”, concluiu.


Bancos comunitários:
Bancos Comunitários são serviços financeiros solidários, em rede, de natureza associativa e comunitária, voltados para a geração de trabalho e renda na perspectiva de reorganização das economias locais, tendo por base os princípios da Economia Solidária.  Seu objetivo é promover o desenvolvimento de territórios de baixa renda, através do fomento à criação de redes locais de produção e consumo.

Nilza Franco Portela.
Voltando a plenária, a assessora técnica do movimento, Nilza Franco Portela falou sobre as perspectivas do Fórum de Economia Solidária e lembrou a importância do cooperativismo.

“Hoje nós temos 22 mil trabalhadores diretos e indiretos da ECOSOL. Número suficiente para “botar a usina pra moer”, arregaçar as mangas e trabalhar. Cada um aqui, representando a sua associação, a sua categoria, tem que entender a importância da união. Estamos no caminho certo”, finalizou.

Representante da EMATER.
Para o segmento da agricultura, a EMATER, que também enviou representante, mostrou alguns caminhos para melhoria do programa de merenda escolar.

“Os produtores precisam se articular mais. A questão da produção local na merenda escolar, em Campos, precisa ser revista, justamente nesse ponto sobre a desarticulação das pessoas. No ano passado, a EMATER injetou mais de cinco milhões só em Campos, mas o potencial de participação popular ainda precisa aumentar”.

O encontro durou aproximadamente 2 horas e contou com a presença de oito representações de órgãos públicos, além, claro, da participação expressiva de trabalhadores da economia solidária. Uma nova plenária deve acontecer ainda este mês.