quinta-feira, 19 de maio de 2011

II Conferência de Controle Social, discutiu o Complexo do Açu

Acadêmicos, representantes de grupos sociais, da classe política e empresarial participaram, nesta quarta-feira (18/05), da II Conferência Local de Controle Social, em São João da Barra. O evento aconteceu na Câmara de Vereadores e serviu para aprofundar o debate sobre as políticas de compensação dos impactos da implantação do Complexo Portuário do Açu. A UENF foi representada pelos professores Hamílton Garcia, Alcimar Chagas Ribeiro e o pró-reitor de Extensão, Gustavo Xavier. Participaram ainda representantes do Instituto Federal Fluminense, a Prefeita de São João da Barra, Carla Machado e o presidente da Câmara, Gerson Crispim.

Durante a conferência, foram ouvidos diversos agentes envolvidos no processo de implantação do Complexo, que expuseram as necessidades das diferentes posições em relação ao empreendimento. O professor Gustavo Xavier, que participou da mesa de abertura, ressaltou o papel da UENF nesse processo de implantação. "O papel da universidade é formar com qualidade e preparar o aluno para esse momento. Pretendemos auxiliar e induzir a sociedade a se organizar. Quando a informação chega, ela transforma. Sem essa organização, a população não terá a informação de qualidade para lidar com essas questões", disse.

O professor Hamílton Garcia lamentou a ausência de um representante do Governo do Estado no evento e lembrou que, nesse momento de mudança na região, é necessária uma maior união entre os setores. "Há um dever de casa para todos. É preciso mudar a visão política e econômica da região. O indivíduo não pode se comportar isolado, tem que agir como um grupo. Tem que se organizar e colocar as necessidades na pauta de discussão", disse.

O economista Alcimar Chagas Ribeiro, mostrou dados sobre o índice de comparação de geração de empregos desde o início das obras do porto em 2005 e constatou que as vagas de mais incidência nesse processo foram as de gari e servente de obras. Atualmente, são mais de 30 empresas atuando no setor. Segundo os dados mostrados por ele, ainda não há uma geração de riqueza proporcionada pelo empreendimento no município. "Os resultados de três anos ainda não impactaram a economia local. As obras ainda não implicaram em geração de riquezas no município. O que existe hoje é uma geração de riqueza concentrada. As empresas vão demandar mão-de-obra qualificada e a idéia de uma grande geração de empregos é fantasiosa", disse.

A coordenadora da ITEP, Nilza Franco, lembrou da importância da realização de espaços como este, para a discussão dos impactos do projeto. "É estimulante saber que há um debate. Se não pudermos buscar solução que contemplem todos os interesses, temos um problema. Vamos manter aberto o Fórum que irá mediar as discussões. Não podemos deixar a empresa fazer como ela quiser", disse.

A empresa EBX não aceitou o convite para compor formalmente a mesa, porém, um de seus representantes, tomou a palavra durante as ações do Fórum.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Economia Solidária no Grito da Terra 2011

Começou hoje uma das maiores mobilizações em nível nacional a favor da Economia Solidária no país. Trata-se do Grito da Terra Brasil 2011, que, este ano, além de militar a favor da política para o homem do campos, também fará pressão no Congresso Nacional sobre os rumos da política de Economia Solidária no Brasil. Trabalhadores da Ecosol, de várias regiões do país, se dirigiram à Brasília durante essa semana para o encontro, organizado em parceria pelo Fórum Brasileiro de Economia Solidária em parceria com a Contag.

Há um ponto de referência da economia solidária no próprio local de alojamento do Grito da Terra 2011 (pavilhão B do Parque de Exposições). Lá estão os banners indicando o local, onde podem ser acessadas as programações e outras informações importantes. Caso alguém fique desgarrado da caravana ou não veio nas caravanas, o telefone da Lígia, da Secretaria Executiva do FBES, é (61)8226-3226. Ela pode avisar onde estão as/os amigas/os da Economia Solidária.

Saiba mais sobre o evento no site do Fórum Brasileiro de Economia Solidária.

Confira aqui a programação:

Atividades de hoje e de amanhã

Dia 17/05 (hoje)
às 8h - reunião de representantes das delegações para organização dos dias, no espaço do FBES no pavilhão B do Parque de Exposições

às 10h - Análise de conjuntura do Grito da Terra 2011, no pavilhão B do Parque de Exposições

às 14h30 - Abertura do Grito da Terra, na Tenda da ESPLANADA [o FBES terá uma fala]

às 14h30 - Audiência Pública Nacional sobre o PL 865, no Plenário III do Anexo II da Câmara

às 20h - Assembleia da Economia Solidária, no pavilhão B do Parque de Exposições (o local exato será indicado no espaço da Economia Solidária no Pavilhão B)

Dia 18/05 (amanhã)
às 8h - reunião de representantes das delegações dos estados para organização do dia

às 10h - reunião do GT de diálogo com a presidência, com o Ministro Gilberto Carvalho

entre 10h e 15h (horário a definir) - audiência do Grito da Terra com a Presidenta Dilma [FBES terá um/a representante]

entre 10h e 15h (horário a definir) - grande CIRANDA da Economia às 15h - relançamento da Frente Parlamentar da Economia Solidária com participação popular (auditório a definir)

Bem, gente, este momento é importantíssimo. Vamos todas e todos mandar boas energias para as/os companheiras/os do movimento de Economia Solidária que estão em Brasília!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Comissão da Alerj discute Lei 865/011

Na última sexta-feira (13/05), entidades reunidas pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj), realizou uma audiência pública onde discutiu a Lei 865/011, em tramitação na Câmara Federal e que visa a criação da Secretaria Nacional das Micro e Pequenas empresas. A exemplo de outros movimentos de economia solidária de todo o país, os participantes da audiência, presidida pela deputada Inês Pandeló (PT), pediram a separação da subsecretaria de Economia Solidária do Projeto, para que ela não seja confundida com as micro e pequenas empresas. A audiência aconteceu às 10h, na Alerj.

Para os participantes do encontro, os dois projetos, a Ecosol e as micro e pequenas empresas, são diferentes e seria preciso criar uma secretaria independente, exclusiva, para apoiar do desenvolvimento da Ecosol no país. Os presentes tiveram o apoio da deputada, “Fico preocupada com o fato de a economia solidária entrar no Ministério e ser confundida com as micro e pequenas empresas, perdendo seu perfil”, declarou. A Lei 865/011 têm sido muito criticada por movimentos ligados à Economia Solidária.

Leia a matéria no site da Alerj aqui.

II Conferência de Controle Social na próxima quarta, em SJB

Na próxima quarta-feira (18/05), integrantes de movimentos sociais, universitários e do Poder Público voltam a se reunir para participar da II Conferência Local de Controle Social, que terá como tema a discussão das políticas compensatórias da implantação do Complexo Portuário do Açu. A primeira etapa do evento acontece às 18h, na Câmara de Vereadores de São João da Barra. O evento é promovido pelo Movimento Nossa São João da Barra e tem o apoio da UENF, do IFF, da Câmara de Vereadores de São João da Barra e da União dos Operários.

Durante o evento serão realizados debates e palestras sobre os aspectos da implantação do complexo portuário na região, tema que vêm provocado muitos debates e inquietação. Um dos objetivos do encontro é trazer a sociedade local para o centro do debate, colocando a população como parte da relação empreendedor-governo, fazendo com que sejam inibidos futuros desequilíbrios provocados por empreendimentos dessa natureza.

Confira abaixo a programação do evento:


Coordenação: Alcimar Chagas  (LEPROD-CCT/UENF) Hamilton Garcia (Coordenador de Extensão-CCH/UENF) e Júlia Assis (MNSJB).

Mesa de abertura: Almy Carvalho (Reitor da UENF), Hélio Gomes (Pró-Reitor de Pesquisa/IFF), Gerson Crispim (Presidente da Câmara de Vereadores de SJB),
Carla Machado (Prefeita de SJB) e Alcimar Chagas (Coordenador do MNSJB).

Palestrantes:
Paulo Monteiro (Diretor de Sustentabilidade do Grupo EBX)
Victor Aquino (Secretário de Desenvolvimento&Planejamento/PMSJB)
Representante não-confirmado da CODIN-SEDEIS/GERJ
Alcimar Chagas (Economista/UENF)

Comentadores:
Hamilton Garcia (Cientista Político/UENF)
Hélio Gomes (Pró-Reitor de Pesquisa/IFF)
Almy Carvalho (Reitor da UENF)

Questionadores/propositores:

Áureo Bomgosto (meio ambiente) Sérgio Silva (turismo) Jurema (educação) Chicão (cultura) Júlio Macedo (gestão pública) Domingos (andamento das ações compensarias) Júlia Assis (saúde)

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Segundo dia da Feira Solidária do Dia das Mães

Pelo segundo dia seguido, artesãs de várias partes do município estiveram participando da Feira Solidária do Dia das Mães, promovida pela ITEP/UENF. As artesãs expuseram seus trabalhos no prédio do P-5, trazendo mais beleza e originalidade para o Campus. O evento termina nessa quinta-feira. As artesãs estarão reunidas no mesmo prédio, no horário entre 9h e 18h, para mostrar seu trabalho e reafirmar a idéia de que é possível fazer uma economia mais justa e solidária.

As artesãs aprovaram o apoio dado pela Universidade e a oportunidade de mostrar seu trabalho, já que a maioria delas ainda não possui um local fixo para divulgar seu trabalho. "Ainda não temos um lugar fixo. Por isso, muitas não tem como escoar a produção. Essas iniciativas são muito boas, pois vamos nos unir e ajudar a colocar o trabalho para frente", disse a artesã Cláudia Patrão, que mexe com artesanato há 27 anos.

Genilda Abner Guimarães, que trabalha com artesanato há mais de 50 anos, também aprovou a reunião das trabalhadoras. "Muito boa a idéia. É uma maneira de divulgar a economia solidária e tudo o que fazemos. Esse é um passo adiante no sonho de termos nossa própria loja", disse. Ela ainda lembra que o bem feito pelo artesanato é mais do que apenas financeiro. "Se não me ocupasse com isso, acho que estaria em uma clínica de tratamento", diz.


terça-feira, 3 de maio de 2011

A união do social com o belo

Começou hoje a Feira de Economia Solidária para o Dia das Mães, promovida pela ITEP/UENF. A feira está localizada nos prédios P-5 e E-1 (Reitoria), da Universidade, onde estão à venda os produtos feitos pelos grupos que trabalham de acordo com a lógica da economia solidária. O obejtivo da feira é reafirmar a importância desses grupos autogestionários e dar visibilidade à questão da Ecosol, mostrando que é possível a existência de uma nova forma de comércio mais justa e humana. A feira continua amanhã (04/05) e vai até a próxima quinta (05/05), no horário das 9h às 18h.

Quem passou pelos corredores dos prédios da UENF ontem não ficou indiferente ao material que era exposto. Mais do que um produto, eles são uma forma de arte, que, através da transformação dos materiais, também busca transformar vidas. Esse é o exemplo de Neide Conceição dos Santos Machado, da Cooperativa de Costureiras e Artesãs de Rio Preto (CCARP), que levou seu trabalho para a feira. Ela, que junto das outras artesãs, utilizam material como tabua, fibra de bananeira e até mesmo o material de banners publicitários para fazer peças como bolsas, mousepads e jogos americanos, reassalta a importância do incentivo aos grupos de artesãos.

"Sem apoio é muito difícil tocarmos esse trabalho. Muita gente começa e para por causa da falta de incentivo. Feiras como essa nos ajudam a estimular as vendas. Infelizmente, em Campos, o artesanato ainda não é muito valorizado. Caminhamos com dificuldade, mas tentamos trabalhar com os pés no chão. Amanhã teremos uma história verdadeira para contar", disse.

Beleza e terapia

Mesmo com algumas dificuldades, sobretudo no incentivo ao comércio solidário, as artesãs continuam fazendo seus produtos, que encantam pela beleza e originalidade. São presentes diversos que, além de agradarem a quem compra, também ajudam a melhorar a vida de quem confecciona. "Isso para mim é uma terapia, um prazer. Quando começo a fazer meu trabalho, esqueço dos problemas. Se pudesse, trabalharia só nisso", diz a artesã Sônia Maria Manhães. Ela lembra que "colocar uma banca sozinha é muito difícil. Mas, com o incentivo de feiras como esta, nosso trabalho aparece muito mais", conta.

Juraci Assad Ribeiro, que trabalha com artesanato há 33 anos e dá cursos sobre o assunto, também expôs seu trabalho na feira. A artesã considera que o artesanato é "melhor do que tomar remédio e ir ao médico" e que gosta mesmo é de ser reconhecida. "Eu me sinto realizada quando alguém acha bonito e compra. Fico muito feliz quando alguém aprecia o que fazemos. Acho que o artesanato teria que ser mais valorizado pela população da cidade", finaliza.


segunda-feira, 2 de maio de 2011

Um Dia das Mães mais solidário

A partir de amanhã, a ITEP/UENF promove uma feira solidária para o dia das mães. Uma ótima oportunidade para deixar a sua e outras mães muito mais felizes. A feira vai até a próxima quinta-feira.