O doce mais popular de Campos (RJ) tá na boca do
povo. Difícil mesmo é achar um campista que nunca tenha ouvido falar ou que não
tenha experimentado a iguaria. Apesar da fama, muitos desconhecem a “fórmula”
do doce. Até mesmo quem trabalha com culinária como, por exemplo, algumas produtoras
que integram o movimento de Economia Solidária de Campos (ECOSOL).
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Simone Gonçalves preparando o chuvisco. |
Nesta segunda-feira (05/09), um grupo de mulheres da
Ecosol começou a aprender o passo a passo do preparo do chuvisco. A oficina é
ministrada pela doceira Simone Gonçalves, secretária executiva do Fórum de
Economia Solidária de Campos. A empreendedora solidária abriu a cozinha de
casa, no bairro Pecuária, para ensinar o bê-a-ba do doce campista. A oficina
vai acontecer também nas próximas três semanas, sempre com grupos diferentes.
A inciativa tem o apoio do Proext/MEC, que é coordenado pelo professor da UENF Gustavo Xavier. O projeto, financiado pelo governo federal, tem colaborado para o fomento
da economia solidária, em Campos.
Chuvisco, um patrimônio
imaterial de Campos:
Chuvisco é feito à base de gema de ovo e sua origem é
portuguesa. A iguaria é considerada pelos moradores uma espécie de patrimônio
imaterial. O doce é fabrico em Campos há mais de 150 anos. Ele é típico e
preparado sempre do mesmo feitio e tamanho. Resistiu à sofisticação dos tempos
modernos e isso ilustra o valor folclórico e até mesmo cultural. O chuvisco é comercializado
em supermercados locais, no mercado municipal, em lojas nas duas rodoviárias e
no aeroporto. Além de pequenas produções caseiras, o chuvisco também é feito em
grande quantidade por fábricas, sendo a maior de Campos a Nolasco, que exporta
o produto para diversos países.
Reportagem: Cléber Rodrigues.