quinta-feira, 24 de setembro de 2015

1º Encontro de arte ao ar livre na UENF acontece neste fim de semana.

Uma das obras de arte do campista Carlos Faria. 
Neste sábado (26), mais de 15 artistas plásticos de Campos (RJ) vão participar de uma grande oficina a céu aberto de pintura em telas, na Universidade Estadual do Norte Fluminense. O encontro, que será realizado das 8h às 13h, em frente à ADUENF, tem como proposta integrar os artistas plásticos e sensibilizar as pessoas sobre a importância dessa cultura para a sociedade. 

O cadastro gratuito dos interessados vai acontecer no dia da oficina.  Não é obrigatório ser profissional. Durante as cinco horas de evento, algumas telas prontas ficarão expostas ao público, que poderá comprar os quadros.

O artista Carlos Faria e sua aluna, Prof.ªAna Lúcia Diegues.
A ideia do encontro foi do campista e autodidata Carlos Faria, autor de mais de 300 obras de arte, em 22 anos de profissão.

“Já era um projeto antigo, mas saiu do papel em 2015. Sempre participei de eventos em que presenciei o talento e a vontade que as pessoas têm em divulgar seus trabalhos. Um dia, em conversa com a minha aluna e professora da UENF, Ana Lúcia Diegues, comentei sobre esse desejo. Ela prontamente abraçou a causa e articulou a oficina junto à Reitoria da Universidade”, disse Carlos. 

A aluna Ana Lúcia, a qual se refere o professor de artes, é um exemplo de que a pintura pode ser um importante aliado no tratamento de saúde.  A professora licenciada da UENF enfrentou dois AVCs em menos de seis meses. Sem o movimento de um dos braços e com a fala prejudicada ela buscou a recuperação na arte.

A riqueza dos detalhes na tela de Carlos Faria.
“O último AVC foi em março do ano passado. Tive que reaprender a falar, movimentar o braço esquerdo. Há dois meses, comecei a conhecer técnicas de pintura e, além de me apaixonar pela arte, impulsionei minha recuperação”, comemora Ana Lúcia Diegues, professora de engenharia de materiais.

Aos que preferirem apenas assistir ao trabalho dos artistas, poderão participar, doando um quilo alimento não perecível. Tudo que for arrecadado será revertido a uma instituição de caridade de Campos (RJ). O evento é apoiado pela Incubadora Tecnológica de empreendimentos populares (ITEP/UENF).

Curiosidades sobre o termo ”pintura ao ar livre”:

O termo faz referência à pintura feita ao ar livre, que se populariza no século XIX com o desenvolvimento de novos equipamentos, como a bisnaga descartável para a embalagem de tinta, criada em 1841 e logo produzida comercialmente. A disponibilidade de tintas prontas encoraja os artistas a experimentarem novos tons e a saírem dos ateliês. Prática comum na segunda metade do século XIX, associada diretamente ao impressionismo - e aos nomes de Claude Monet, Pierre Auguste Renoir, Alfred Sisley, Frédéric Bazille, Camille Pissarro, Paul Cézanne, Edgar Degas, Berthe Morisot e Armand Guillaumin.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Agricultores de Campos (RJ) conhecem técnicas para aumentar a produção.

Podemos escolher o que plantar, mas somos obrigados a colher o que semeamos”.

Na “lavoura” do provérbio chinês, produtores do assentamento Josué de Castro, em Campos (RJ), estão colhendo frutos semeados durante anos de luta em prol da subsistência da agricultura familiar.

Através de pequenos gestos, eles estão retomando cuidados que podem melhorar a produção na lavoura. Da poda de árvores ao manejo correto dos inseticidas. Tudo é acompanhado de perto por uma equipe de assessoria da ITEP/UENF. As visitas a campo, que são realizadas periodicamente por profissionais especializados no assunto, objetivam a efetividade do trabalho desenvolvido pelos assentados.

Em setembro, cerca de 40 produtores receberam um curso, que durou cerca de 3 horas. Eles foram orientados por Kássia Guarnier (agronomia) e Antônio Augusto Santana (zootecnia), ambos da Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares (ITEP), da UENF. Os profissionais deram dicas, por exemplo, sobre como deve ser feita a poda de árvores frutíferas. Explicaram que, levando em consideração a espessura dos galhos, a colheita pode ser farta.

Outra técnica, que pode diminuir o custo de produção, está relacionada ao uso eficiente de inseticidas. Portanto, para realizar o controle adequado dessas pragas, nada melhor que a informação. E ela foi repassada aos representantes do Assentamento Josué de Castro. 

“Essas visitas aos assentamentos de Campos integram o projeto “incubação de território”. A ideia é estimular os agricultores, através de pequenas ações, a incrementarem as atividades no campo com ferramentas simples. Acredito que, por intermédio de processos de baixo custo, os produtores estejam cada vez mais inseridos na política da economia solidária”, destacou Nilza Franco Portela, coordenadora da ITEP/UENF.

FOTOS: Antônio Augusto Santana

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Curso de biojoias é incentivo para artesãs.


“A arte é a mentira que nos permite conhecer a verdade.” A frase do multiartista Pablo Picasso sintetiza o trabalho desenvolvido por artesãs, que participam do curso de biojoias promovido pela Itep. Através da arte, que estimula a produção de joias com o uso de sementes, as profissionais estão conhecendo a verdadeira essência da palavra sustentabilidade.,


O curso, que teve início em agosto, utiliza como matéria-prima produtos recicláveis, tais como papelão, plástico, fundo de lata, além da semente. Todo esse material, modelado sob a orientação da designer gráfico, Bárbara Borges, é transformado em joias.

“A maioria das artesãs que estão no curso não sabia como trabalhar com joias sustentáveis. Hoje, elas já começam a receber os ensinamentos suficientes para produzir e vender a própria biojoia” completou Bárbara, orientadora da oficina.

As artesãs que participam do curso de biojoias são, em sua maioria, mulheres aposentadas entre 40 e 60 anos de idade. Elas buscam qualificação para incrementarem a aposentadoria.

O curso acontece toda a quarta-feira, a partir das nove da manhã, no atelier da Itep, na UENF. Meses antes do início do curso, os instrutores, que são bolsistas externos da universidade, passaram por uma capacitação sobre a importância de estimular a propagação da economia solidária por meio da sustentabilidade. Um trabalho liderado pela coordenadora da ITEP/UENF, Nilza Franco Portela.

Texto: Cléber Rodrigues - Jornalista