segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Praça Segura: Uma oportunidade para a Economia Solidária e Cultura no município de Campos dos Goytacazes





 Da esquerda para a direita: Simone Gonçalves, Everaldo Reis, Diovani Silva e Nilza Franco


Na última semana, representantes do Fórum de Economia Solidária e da Superintendência de Turismo foram conhecer o Projeto Praça Segura. A intenção da iniciativa, de responsabilidade do Grupamento de Proteção Social da Guarda Civil Municipal na Praça da República, é promover a segurança da população neste espaço de convivência e em todo o entorno.

Com o objetivo de ampliar o projeto e discutir propostas que agreguem atividades de cultura e de economia solidária, representantes do Fórum de Economia Solidária de Campos se reuniram com o subcoordenador do programa, Diovani Silva e com o assessor do setor de Turismo da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Everaldo Reis. 

Durante o encontro, Nilza Franco e Simone Gonçalves, assessora e secretária executiva do movimento, respectivamente, explicaram de que forma as iniciativas interligadas à economia solidária podem trazer contribuição significativa para o desenvolvimento local, inclusive se integrando ao Praça Segura. “Queremos colocar em prática todas as concepções da economia solidária e seus trabalhadores a reinventar a ocupação de espaços públicos baseados em valores e bem-estar à comunidade. Precisamos agir a partir de uma visão de sustentabilidade, participação de todos os segmentos sociais, inclusive com gestão compartilhada de boas inciativas como esta entre poder público, universidade, movimentos sociais e instituição da sociedade civil", reforçou Nilza.

Simone Gonçalves, secretária executiva do Fórum, tem feito um trabalho de identificação de espaços para a economia solidária e vê neste Projeto a possibilidade de expandir para todas as praças da cidade e distritos: "São milhares de trabalhadores de economia solidária espalhados pelo território e que poderiam criar novas espaços de cultura e praticas econômicas locais importantes".   

Segundo Everaldo Reis, uma parte já foi feita: a implementação da segurança na Praça da República. Agora, o próximo passo é a articulação interna entre as secretarias e a busca por parcerias, inclusive privadas. “A economia solidária entra neste processo como nossa grande aliada. Uma grande oportunidade para colocar o produto de Campos em evidência, seja o doce, o artesanato, e fazer o resgate de nossa cultura. E os trabalhadores, é claro, ganham muito, com mais um espaço para comercializar e aumentar renda”, explicou. Diovani Silva também defendeu a participação de vários segmentos e do Fórum no projeto Praça Segura: “A participação do Fórum de Economia Solidária é extremamente importante para que possamos colocar em prática esse projeto piloto na Praça da República e trazer inúmeros benefícios para a população. Afinal, nosso lema é reconquistar, revitalizar e ocupar o espaço, com iniciativas, de fato, agregadoras para o bem comum”.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Trabalhadores da Economia Solidária discutem microcrédito com aval solidário

Cerca de 80 trabalhadores envolvidos em empreendimentos de Economia Solidária de Campos puderam tirar dúvidas sobre o microcrédito com aval solidário, que está em construção no Fundecam (Fundo de Desenvolvimento do Município de Campos). Realizada pela ITEP/UENF (Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares da Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro), a reunião aconteceu na tarde desta quinta-feira (30), na própria universidade, e contou com a participação do superintendente do Fundecam, Rodrigo Lira.

De acordo com Rodrigo, a Economia Solidária é uma vertente de fundamental importância para o município. “Está em nossa lista de prioridades trabalhar com a Economia Solidária. Já está incluído no Plano Plurianual Participativo do município as metas para os próximos quatro anos e, a partir de 2018, já terá fomento específico e política articulada às demais economias (criativa, verde e do conhecimento) com foco no desenvolvimento local”, anunciou o superintendente. Rodrigo também explicou que a intenção do governo Rafael Diniz é fazer chegar financiamento adequado ao perfil dos empreendimentos populares: "O aval solidário deverá ser usado entre os tomadores dos empreendimentos diante de um projeto técnico definido. Outro aspecto é ligar este microcrédito ao apoio de novos espaços de comercialização. Valorizaremos a confiança e a solidariedade, que estão na essência do movimento”.

Nilza Franco, coordenadora da ITEP/UENF e assessora técnica do Fórum de Economia Solidária de Campos, ressaltou a importância do encontro para que os trabalhadores pudessem ouvir sobre o tema finanças solidárias, poder contribuir com sugestões relacionadas à economia que praticam e agregar aos empreendimentos solidários mais valores sociais e econômicos. “Estão depositadas no Fundecam muitas expectativas de fomento à economia solidária. Além de ser mais um órgão do poder público municipal, estabelece mesa de negociação com o movimento a exemplo do Desenvolvimento Econômicos”, afirmou. Durante a reunião, Nilza citou, ainda, de que maneira os bancos comunitários podem contribuir para uma sociedade mais próspera e com melhores condições para os trabalhadores, trazendo bons exemplos de municípios que se aderiram à proposta.

“O Banco Palmas foi o precursor dos bancos comunitários, começou em um bairro de Fortaleza e, desde então, possibilitou o surgimento de várias vertentes em todo o país, inclusive em Maricá, aqui no estado do Rio, que utiliza a moeda ‘mumbuca’. Precisamos levar ideias como essas adiante e possibilitar o desenvolvimento de uma política pública de Economia Solidária ainda mais eficaz em nossa cidade e região”, acrescentou Nilza.


No mesmo encontro, foram definidos vários circuitos e oficinas de formação para os integrantes dos  projetos de extensão executados pela ITEP/UENF junto aos trabalhadores.