segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Fórum de Economia Solidária de Campos promove visita técnica à Colônia de Pescadores.

“Há tempos não se vê um Rio Paraíba do Sul assim. Viver da pesca tem sido uma lição diária de resistência e, sobretudo, sobrevivência”. 

As sinceras palavras de Lenílson do Espirito Santo, presidente da associação de pescadores do Bairro Coroa Grande, em Campos, evidenciam a atual fase vivida por uma categoria importante para o país: os pescadores. Com a escassez da matéria prima, os profissionais estão tendo que se adaptar a difícil realidade e se reinventarem.

A necessidade dessa reinvenção foi tema de uma reunião técnica do Fórum de Economia Solidária de Campos com a presença de vários pescadores de uma das principais colônias do Município, a Coroa Grande. Segundo Nilza Franco Portela, coordenadora da Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares da UENF (ITEP) e integrante do Fórum Municipal de Economia Solidária, uma das saídas é buscar alternativas na própria atividade pesqueira.

“O pescador tem que avançar na questão dos produtos embutidos. O reaproveitamento pode ser essa via de escape. Pensar em algo a ser feito com a escamas, por exemplo. Diante da evidente falta de peixe nos rios e mares, precisamos rever a questão da nossa capacidade de estimular alternativas durante o processo de recuperação da atividade pesqueira. E é aí que a Economia Solidária entra em pauta”, discursou Nilza.

Em dias difíceis para a categoria, o pagamento do defeso ajuda a conter as despesas familiares. O desafio, segundo a coordenação do Fórum de Economia Solidária, é aproveitar a organização e estruturação da Colônia para estimular uma sobrevida sem a dependência de recursos do Governo Federal.

Assim como a Colônia de Pescadores, outros segmentos da Economia Solidária receberão a visita técnica do Fórum, que tem como um dos objetivos aprimorar o conhecimento já adquirido pelos profissionais da pesca, artesanato, assentamentos e agricultura.

Texto: Cléber Rodrigues
Foto: Itep/Uenf

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