“Há tempos não se vê um Rio Paraíba do Sul assim. Viver da pesca tem sido uma lição diária de resistência e, sobretudo, sobrevivência”.
A necessidade dessa reinvenção foi tema de uma reunião técnica do Fórum de Economia Solidária de Campos com a presença de vários pescadores de uma das principais colônias do Município, a Coroa Grande. Segundo Nilza Franco Portela, coordenadora da Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Populares da UENF (ITEP) e integrante do Fórum Municipal de Economia Solidária, uma das saídas é buscar alternativas na própria atividade pesqueira.
“O pescador tem que avançar na questão dos produtos embutidos. O reaproveitamento pode ser essa via de escape. Pensar em algo a ser feito com a escamas, por exemplo. Diante da evidente falta de peixe nos rios e mares, precisamos rever a questão da nossa capacidade de estimular alternativas durante o processo de recuperação da atividade pesqueira. E é aí que a Economia Solidária entra em pauta”, discursou Nilza.
Em dias difíceis para a categoria, o pagamento do defeso ajuda a conter as despesas familiares. O desafio, segundo a coordenação do Fórum de Economia Solidária, é aproveitar a organização e estruturação da Colônia para estimular uma sobrevida sem a dependência de recursos do Governo Federal.
Assim como a Colônia de Pescadores, outros segmentos da Economia Solidária receberão a visita técnica do Fórum, que tem como um dos objetivos aprimorar o conhecimento já adquirido pelos profissionais da pesca, artesanato, assentamentos e agricultura.
Texto: Cléber Rodrigues
Foto: Itep/Uenf
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