segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Integrantes da Economia Solidária de Campos participam de oficina de chuvisco.


O doce mais popular de Campos (RJ) tá na boca do povo. Difícil mesmo é achar um campista que nunca tenha ouvido falar ou que não tenha experimentado a iguaria. Apesar da fama, muitos desconhecem a “fórmula” do doce. Até mesmo quem trabalha com culinária como, por exemplo, algumas produtoras que integram o movimento de Economia Solidária de Campos (ECOSOL).

Simone Gonçalves preparando o chuvisco.
Nesta segunda-feira (05/09), um grupo de mulheres da Ecosol começou a aprender o passo a passo do preparo do chuvisco. A oficina é ministrada pela doceira Simone Gonçalves, secretária executiva do Fórum de Economia Solidária de Campos. A empreendedora solidária abriu a cozinha de casa, no bairro Pecuária, para ensinar o bê-a-ba do doce campista. A oficina vai acontecer também nas próximas três semanas, sempre com grupos diferentes.



A inciativa tem o apoio do Proext/MEC, que é coordenado pelo professor da UENF Gustavo Xavier. O projeto, financiado pelo governo federal, tem colaborado para o fomento da economia solidária, em Campos.

Chuvisco, um patrimônio imaterial de Campos:

Chuvisco é feito à base de gema de ovo e sua origem é portuguesa. A iguaria é considerada pelos moradores uma espécie de patrimônio imaterial. O doce é fabrico em Campos há mais de 150 anos. Ele é típico e preparado sempre do mesmo feitio e tamanho. Resistiu à sofisticação dos tempos modernos e isso ilustra o valor folclórico e até mesmo cultural. O chuvisco é comercializado em supermercados locais, no mercado municipal, em lojas nas duas rodoviárias e no aeroporto. Além de pequenas produções caseiras, o chuvisco também é feito em grande quantidade por fábricas, sendo a maior de Campos a Nolasco, que exporta o produto para diversos países.

Reportagem: Cléber Rodrigues.


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