quinta-feira, 22 de novembro de 2012

CARTA DA II MARCHA PELA IGUALDADE RACIAL


TEMA: DISCRIMINAÇÃO RACIAL - BASTA

Zumbi, que morreu em 20 de novembro, do ano de 1695,  é considerado o baluarte pela luta contra a escravidão. Tinha o nome de Francisco, mas era chamado de Zumbi, que significa A FORÇA DO ESPÍRITO PRESENTE.

As reflexões e pesquisas sobre a situação do negro em nossa sociedade, mostram que a realidade da população negra ainda é reflexo de uma abolição inacabada.
 A democracia racial, de fato, ainda é um processo em construção. A permanência do preconceito e discriminação racial na sociedade brasileira funciona como um entrave à ascensão social de negros em todas as esferas da sociedade, com poucas exceções.

De acordo com as pesquisas do IBGE embora o Brasil tenha a segunda maior população negra do mundo, atrás apenas da Nigéria, a discriminação e preconceito racial persistem: os negros são os que mais sofrem com a miséria, pobreza e o desemprego. A pobreza tem cor. Cerca de 80% da população brasileira que vive abaixo da linha da pobreza é negra.

É certo que a Constituição de 1988, conhecida como “Constituição Cidadã”,  contemplou reivindicações da sociedade constituída do país, inclusive do movimento negro,  representando para a população negra, devido à implementação de políticas universais, melhorias importantes nas condições de vida e para redução das desigualdades raciais. Mas, no entanto, tais políticas demonstram-se ainda, insuficientes para atingir a igualdade de condições na vida econômica, social, política e cultural entre negros e não negros, o que implica a necessidade de uma contínua pauta de luta contra o racismo e a discriminação.

Cumpre dizer que: nosso propósito com a marcha é:

1- estimular o debate público sobre a questão racial;
2- a inclusão do tema racial na agenda das políticas públicas do município;
3- a penalização do racismo;
4- Capacitação com inclusão;
5- Formação, treinamento e atualização dos professores para a efetiva implementação da Lei 10.639/2003 – que obriga o ensino da História e Cultura  Afro-Brasileira  e  Africana  na  Educação  Básica, como forma de levar para a sala de a reflexão sobre a discriminação racial, a mudança da mentalidade preconceituosa e a superação das desigualdades raciais.

Campos dos Goytacazes, 20 de novembro de 2012.


                                   SALVADORA MARIA RIBEIRO DE SOUZA                                               Presidente do Conselho Municipal de 
Promoção da Igualdade Racial (CMPIR)

Nenhum comentário:

Postar um comentário