TEMA: DISCRIMINAÇÃO RACIAL -
BASTA
Zumbi, que morreu em 20 de
novembro, do ano de 1695, é considerado
o baluarte pela luta contra a escravidão. Tinha o nome de Francisco, mas era
chamado de Zumbi, que significa A FORÇA DO
ESPÍRITO PRESENTE.
As reflexões e pesquisas sobre a situação do negro em
nossa sociedade, mostram que a realidade da população negra ainda é reflexo de
uma abolição inacabada.
A democracia
racial, de fato, ainda é um processo em construção. A permanência do preconceito e
discriminação racial na sociedade brasileira funciona como um entrave à
ascensão social de negros em todas as esferas da sociedade, com poucas
exceções.
De acordo com as pesquisas do IBGE embora o Brasil
tenha a segunda maior população negra do mundo, atrás apenas da Nigéria, a
discriminação e preconceito racial persistem: os negros são os que mais sofrem
com a miséria, pobreza e o desemprego. A pobreza tem cor. Cerca de 80% da
população brasileira que vive abaixo da linha da pobreza é negra.
É certo que a
Constituição de 1988, conhecida como “Constituição Cidadã”, contemplou reivindicações da sociedade
constituída do país, inclusive do movimento negro, representando para a população negra, devido à
implementação de políticas universais, melhorias importantes nas condições de
vida e para redução das desigualdades raciais. Mas, no entanto, tais políticas
demonstram-se ainda, insuficientes para atingir a igualdade de condições na
vida econômica, social, política e cultural entre negros e não negros, o que
implica a necessidade de uma contínua pauta de luta contra o racismo e a
discriminação.
Cumpre dizer que: nosso propósito com a marcha é:
1- estimular o
debate público sobre a questão racial;
2- a inclusão do tema
racial na agenda das políticas públicas do município;
3- a penalização do
racismo;
4- Capacitação com
inclusão;
5- Formação, treinamento
e atualização dos professores para a efetiva implementação da Lei 10.639/2003 –
que obriga o ensino da História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana
na Educação Básica, como forma de levar para a sala de a reflexão
sobre a discriminação racial, a mudança da mentalidade preconceituosa e a
superação das desigualdades raciais.
Campos dos Goytacazes, 20 de novembro de 2012.
SALVADORA
MARIA RIBEIRO DE SOUZA Presidente
do Conselho Municipal de
Promoção da Igualdade Racial (CMPIR)
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