quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Segunda parte do julgamento do caso Cícero Guedes será nesta quinta

Expectativa é de o mandante do crime e os quatro executores vão a juri popular

 Mauro de Souza / Carlos Grevi / Divulgação
Expectativa é de o mandante do crime e os quatro executores vão a juri popular

Nesta quinta-feira (29/08), ocorrerá a segunda parte da audiência em que serão ouvidos testemunhas e réus acusados pela morte do militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Cícero Guedes dos Santos, que foi encontrado morto no dia 26 de janeiro de 2013.




















A previsão é de que seja ouvido como testemunha de acusação 
o ex-delegado da 134ª Delegacia de Polícia, Geraldo Assed, 
responsável pelo inquérito. Além dele, devem ser ouvidas 
as testemunhas de defesa e os quatro réus no processo:
José Renato Gomes de Abreu, acusado de ser o mandante, 
R. M. B., A. M. A. e M. R. S., suspeitos de serem os executores. 
As outras testemunhas de acusação foram ouvidas na primeira 
parte da audiência, realizada no dia 23 de julho.












A expectativa do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra é
de que os réus sejam pronunciados e o julgamento prossiga em júri
popular. Além disso, espera-se que seja pedida a prisão preventiva
dos réus que ainda respondem em liberdade. O MST entende que
somente desta forma a investigação poderá transcorrer de forma justa.
O MST ressalta também a importância deste julgamento diante do
grave contexto de violência no campo que assistido em todo o país,
 especialmente na cidade de Campos, onde além de Cícero, a militante
Regina Pinho do Santos também foi assassinada neste ano.










Em relação à situação no acampamento Luis Maranhão, que era
coordenado por Cícero, também são aguardados posicionamentos
positivos por parte da Justiça. Desde 1998 foi publicado um decreto
que declara o conjunto de fazendas de interesse social para fins de
 reforma agrária. No entanto, as famílias que estão acampadas no
local ainda sofrem com a incerteza de sua permanência na área,
pois ainda perdura na Justiça uma ação de reintegração de posse
em favor da empresa Caldas S.A., que arrendou o local.
A manutenção dos imóveis da Usina Cambahyba também é
fundamental para que se investigue as denúncias de que
o local teria sido usado para incinerar corpos de presos
políticos assassinados durante a ditadura civil-militar do Brasil.
A expectiva é que o Poder Judiciário rompa com a ausência de
 efetivação da justiça que historicamente vem sendo observado
na luta pela terra. Um bom sinal, neste sentido, foi a prisão
preventiva decretada dos réus confessos da chacina de Felisburgo,
nove anos após os assassinato de cinco Sem-Terras em Minas Gerais.
As informações são do site Ururau com informações de Assessoria de Imprensa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário